Mila Kundera escreveu o clássico A insustentável leveza do ser, onde narrava as peripécias de um medico sedutor que varreu os corações de Praga. Para ele uma mulher era apenas uma a mais em sua busca pelo prazer. Temos observado nos últimos tempos uma corrida desenfreada por grupos econômicos em busca de mais e mais recursos minerais em nosso jà depauperado planeta. Estamos assistindo nos noticiarios a corrida de um executivo brasileiro em busca da primeira posição na lista dos homens mais ricos do mundo. A vaidade e a ganância impulsionam essas pessoas. As atividades da extração de minérios estão entre as mais insustentáveis que conhecemos. Apartir do momento em que se inicia a exploração do minério, já se sabe por quanto tempo a atividade pode se prolongar.
No caso do Projeto Anitapolis, a extração do fosfato ja tem seus dias contados na prancheta. A duração da exploração é de 33 anos. Ou seja, após esses 33 anos, não teremos mais fosfato no Rio do Pinheiro. Ao terminar a exploração do fosfato pela sua exaustão, está planejada a exploração das rochas da Serra do Rio do Pinheiro para a fabricação de cimento. Enfim, será uma corrida de revezamento para ver quem acaba primeiro com a Serra do Pinheiro. Após tudo isso, as empresas seguem em busca de outras fontes de minérios e rochas. Isso tudo em um ritimo similar ao personagem de Mila Kundera. É a legítima insustentável leveza da ganância. Esses grupos seguem seu destino em busca de mais e mais recursos minerais sem ter alguma preocupação com o seu passado recente. Apenas vão em busca da próxima mina e assim por diante e deixando para trás um rastro de crateras, solo destruido, mananciais de água contaminados e a biodiversidade comprometida.
O ciclone de maio de 2008 que passou pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina deixou um rastro de destruição, desolação e impotência diante das forças da natureza. Municipios situados nos sopés da Serra Geral foram severamente atingidos pelos aguaceiros que causaram enchentes instantâneas. Os moradores de Araranguá comentam que não tiveram tempo para pensar no que fazer, de tão rápido que o nivel da água subiu. Em momentos, o nível da água estava 1 metro e meio dentro das casas.
Entre os municipios que decretaram calamidade pública está Braço do Norte, localizado a poucos quilometros de Anitapolis. Caso o ciclone tivesse se deslocado alguns quilometros ao norte, Anitapolis seria dramaticamente atingida. Caso ja tivessemos o Projeto Anitapolis em andamento, um desastre de grandes proporções aconteceria. O desbarrancamento das barragens de rejeito liberaria uma quantidade enorme de detritos tóxicos nas águas do Rio Braço do Norte. O volume retido pelas barragens liberado pelo desbarrancamento da mesma, causaria uma avalanche de sedimentos tóxicos que soterraria uma boa parte de Anitápolis. Com certeza soterraria os sonhos dos moradores, de seu prefeito e do governador do estado.
A sequência de catástrofes naturais que assolaram o litoral catarinense em poucos meses clama por cautela e prudência nesse caso. O Projeto Anitápolis no atual modelo não é apropriado para a região. Uma região rica como a Bacia do Rio Braço do Norte se beneficiaria muito com incentivos a agricultura familiar que coloca o alimento em nossas mesas e ocupa milhares de moradores. O Projeto Anitapolis alternativo deveria focar a agricultura familiar, o ecoturismo e uma melhor gestão do escoamento da produção agrícola regional. Ênfase na agricultura orgânica e em uma melhor distribuição dos produtos para cidades mais distantes contribuiriam muito ao desenvolvimento regional - um desenvolvimento realmente sustentável.
Deixar acontecer um empreendimento de alto risco como o Projeto Anitapolis é uma grande irresponsabilidade e pouco caso com os moradores da região.
No caso do Projeto Anitapolis, a extração do fosfato ja tem seus dias contados na prancheta. A duração da exploração é de 33 anos. Ou seja, após esses 33 anos, não teremos mais fosfato no Rio do Pinheiro. Ao terminar a exploração do fosfato pela sua exaustão, está planejada a exploração das rochas da Serra do Rio do Pinheiro para a fabricação de cimento. Enfim, será uma corrida de revezamento para ver quem acaba primeiro com a Serra do Pinheiro. Após tudo isso, as empresas seguem em busca de outras fontes de minérios e rochas. Isso tudo em um ritimo similar ao personagem de Mila Kundera. É a legítima insustentável leveza da ganância. Esses grupos seguem seu destino em busca de mais e mais recursos minerais sem ter alguma preocupação com o seu passado recente. Apenas vão em busca da próxima mina e assim por diante e deixando para trás um rastro de crateras, solo destruido, mananciais de água contaminados e a biodiversidade comprometida.
O ciclone de maio de 2008 que passou pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina deixou um rastro de destruição, desolação e impotência diante das forças da natureza. Municipios situados nos sopés da Serra Geral foram severamente atingidos pelos aguaceiros que causaram enchentes instantâneas. Os moradores de Araranguá comentam que não tiveram tempo para pensar no que fazer, de tão rápido que o nivel da água subiu. Em momentos, o nível da água estava 1 metro e meio dentro das casas.
Entre os municipios que decretaram calamidade pública está Braço do Norte, localizado a poucos quilometros de Anitapolis. Caso o ciclone tivesse se deslocado alguns quilometros ao norte, Anitapolis seria dramaticamente atingida. Caso ja tivessemos o Projeto Anitapolis em andamento, um desastre de grandes proporções aconteceria. O desbarrancamento das barragens de rejeito liberaria uma quantidade enorme de detritos tóxicos nas águas do Rio Braço do Norte. O volume retido pelas barragens liberado pelo desbarrancamento da mesma, causaria uma avalanche de sedimentos tóxicos que soterraria uma boa parte de Anitápolis. Com certeza soterraria os sonhos dos moradores, de seu prefeito e do governador do estado.
A sequência de catástrofes naturais que assolaram o litoral catarinense em poucos meses clama por cautela e prudência nesse caso. O Projeto Anitápolis no atual modelo não é apropriado para a região. Uma região rica como a Bacia do Rio Braço do Norte se beneficiaria muito com incentivos a agricultura familiar que coloca o alimento em nossas mesas e ocupa milhares de moradores. O Projeto Anitapolis alternativo deveria focar a agricultura familiar, o ecoturismo e uma melhor gestão do escoamento da produção agrícola regional. Ênfase na agricultura orgânica e em uma melhor distribuição dos produtos para cidades mais distantes contribuiriam muito ao desenvolvimento regional - um desenvolvimento realmente sustentável.
Deixar acontecer um empreendimento de alto risco como o Projeto Anitapolis é uma grande irresponsabilidade e pouco caso com os moradores da região.
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