Thursday, May 15, 2008

AMAZÔNIA BRASILEIRA - A POLÍTICA DO BICHO PAPÃO

A Política do Bicho Papão tem se notabilizado em determinadas circustâncias. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos se valeram da Política do Bicho Papão muitas vezes. Para qualquer empreendimento de custos estratosféricos a Política do Susto se encaixava como uma luva. O povo americano é muito exigente e crítico quanto aos gastos públicos. Esse espirito crítico só enfraquece diante do Bicho Papão. Foi em uma dessas situações, quando surgiram valores superfaturados para ítens ordinários como um martelo, que o Bicho Papão salvou os corruptos americanos. O preço unitario de um martelo normal era abaixo de $10,00, enquanto que o preço listado em uma auditoria para o mesmo martelo estava em torno de $600,00. Eram vários martelos na lista que foram comprados com o dinheiro público para o uso na Defesa Nacional. Tudo isso foi perdoado graças à Política do Bicho Papão. Os americanos aceitavam esses gastos porque seria utilizados para protege-los dos comunistas. Na época os comunistas foram o Bicho Papão da hora. Atualmente, os supostos terroristas árabes assumiram essa posição. A guerra no Iraque está desestabillizando economicamente os Estados Unidos, mas devido a Política do Bicho Papão tem sido até o momento aprovada pela maioria dos americanos.

O Brasil não está em guerra com ninguem. O Brasil é o país da paz e, até recentemente era imune até aos terremotos. O terremoto aconteceu e muitos ja questionam a nossa aparente alegria para tudo. A Amazônia Brasileira é uma das regiões mais fantasticas do planeta. É uma das áreas naturais que mais tem inspirado pessoas das mais variadas procedências. É um centro de biodiversidade, onde a vida salta aos olhos dos visitantes. Riquezas naturais de todas as formas são encontradas ali. Algumas das poucas aldeias indigenas brasileiras ainda vivem no seio da Floresta Amazônica. Muitas dessas aldeias tem suas terras sobre reservas imensas de minerios de grande valor econômico. Recentemente a questão da demarcação de uma dessas áreas indígenas gerou muita discussão. Essas reservas de nativos são de grandes proporções de área, fato que gera a discordia entre os índios e os investidores.

Falando cruamente, os investidores querem os bens minerais do subsolo amazônico. Querem produzir materia prima mineral para exportar para compradores como a China que cresce de forma indiscritivel e consome vorazmente os recursos naturais dos paises distantes. A China tem connsumido seus proprios recursos minerais e naturais de forma muito rápida, fato que ocasionou o fim de muitas fontes em seu próprio país.

Hoje o Brasil está exportando soja para a China, assim como minérios. A soja está sendo plantada no que a Ministra Dilma Roussef chamou de nossa última fronteira agrícola - a Amazônia. Certamente ela e seus ascessores consideram a Amazônia nossa última fronteira para a exploração mineral.

Tudo isso gera um desconforto entre os ambientalistas. Essa corrida sem escrúpulos em busca de mais minerais e novas oportunidades para a agroindustria só tem conseguido ser "aceita" pelo povo pelo uso da Política do Bicho Papão. Lula e seus ministros justificam esse uso e ocupação da Amazônia pelos perigos à soberania nacional que representa uma floresta abandonada. Buscam razões similares as empregadas pelo Bush quando convence o Congresso Americano a liberar mais verbas para a guerra no Iraque.

A situação já estava dificil com a ex Ministra Marina Silva, agora com a Ministra Dilma e o seu pragmatismo o cenário irá ficar sombrio. Somente com a conscientização do homem brasileiro de que necessitamos de práticas de desenvolvimento realmente sustentáveis, poderemos rumar com segurança para o futuro nada iluminado que nos aguarda.

Lula e seus seguidores acreditam que usando a palavra sustentável antes de qualquer projeto, isso nada afetará o meio-ambiente. Ledo engano, pois o mesmo governo que busca a qualquer custo nos convencer de que seus projetos são sustentáveis, exige menos burocracia nos licenciamentos. Eles estão sinonimizando burocracia com rigor técnico nos EIA RIMA. Eles acham que listar uma espécie ameaçada em um desses relatórios é burocracia.

Que pais é esse que tenta justificar a destruição da Amazônia, uma das maiores riquezas do planeta, com uma ameaça à soberania nacional? Não estariam Lula e seus acessores seguindo a cartilha do falecido Garrastazu Medice, quando abriu a rodovia Trans Amazônica?

Possivelmente, como a vida de presidente nao dura mais que 5 anos, eles não tenham a preocupação com o que venha a seguir. Justamente esse imediatismo que também impera nas direções das grandes multinacionais que investem na exploração de minérios na Amazônia é o tempero para a sopa apocaliptica que estão preparando. A taxa do desmatamento na Amazônia cresce enormemente. Lula e seus acessores não acreditam nos valores, mas esses estão ai. Qualquer imagem de satelite mostra o que está acontecendo na hileia.

Nossos filhos e nós mesmos vamos ver com nossos próprios olhos o que restará da Amazônia. Tudo isso sob a violencia dos furacões, ciclones, secas sem precedentes, enchentes sem igual. A destruição da Amazônia começou ao som das estrofes da sustentabilidade, criadas por pessoas que não tem a mínima idéia do que seja isso, mas que com a ajuda do Bicho Papão estão levando de barriga a sociedade para o caos ambiental.

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