Wednesday, February 14, 2007

PARQUE NACIONAL DO IGUAÇÚ: UM EXEMPLO DE PARQUE


Turistas admiram as cataratas do mirante no Parque Nacional de Iguaçú


Estive recentemente visitando a ambos os lados do Parque Nacional de Iguaçu (Brasil e Argentina). A região ocupada pelo parque ocupa o lado brasileiro e o argentino. Na realidade, apenas uma parte da mata missioneira está preservada no Brasil, sendo que a sua grande parte esta na Argentina. Existia também uma significativa área da floresta de Missiones no Paraguai que foi destruída em parte durante a construção da Hidrelétrica de Itaipu e subseqüentemente pelo avanço das madeireiras paranaenses e, finalmente pela agroindústria.

Visitar o Parque Nacional de Iguaçú é um prazer sem medidas. As cataratas estão entre as maiores maravilhas naturais do planeta. O parque é um ponto de visitação internacional tombado pela UNESCO. Turistas do mundo todo vem visitar as cataratas.


Passarelas levam os visitantes até cenários esplendorosos


Com esta visitação é de se esperar que exista na região uma infraestrutura turística e hoteleira pra receber os viajantes. Tanto no lado brasileiro, como no argentino esta infraestrutura está presente. É uma satisfação chegar nos portões do parque e ver que toda uma estrutura está ali a disposição do visitante. No Brasil você usa um ônibus excelente para chegar até o inicio de trilhas em belo estado de conservação, com inúmeros mirantes até mesmo os que colocam os turistas em contato direto com a bruma das cataratas. Existe uma companhia que oferece passeios mais íntimos com a natureza do parque, desde caminhadas, com bicicletas e mesmo em jipes com guias treinados.

Cataratas - um cartão postal


No lado argentino, o visitante tem uma visão complementar ao que foi visto no lado brasileiro. No Brasil, a pessoa está abaixo e ao lado das cataratas, enquanto que na Argentina o visitante passeia sobre a Garganta do Diabo e vive uma experiência inesquecível.

Em ambos os lados do Parque, o turista tem um sistema de restaurantes e lancherias, assim como lojas de souvenires servindo com educação e atenção a todos. Da gosto visitar um local destes.

Contrastando como o que tenho escrito em ensaios anteriores, o parque Nacional de Iguaçu existe de fato, tanto no papel, como na realidade do cidadão que viaja em busca de emoções.

O Parque Nacional de Iguaçu também tem seus problemas. O maior deles é a erosão de suas bordas pela proximidade intima da agroindústria com a soja cercando os limites do parque no Brasil. Na Argentina temos as madeireiras em pleno vapor derrubando a floresta bem ao estilo encontrado em nossa Amazônia.

No Brasil tem ainda uma pressão de municípios vizinhos ao parque para a abertura de uma estrada – A ESTRADA DO COLONO que cortaria o parque, facilitando invasões de caçadores e aumentando a erosão da malha florestal.

Finalizando, temos de lutar para que mais Parques nacionais como Iguaçu venham a se constituir. Parques somente no papel agradam a leigos na platéia de paises distantes de nossa realidade. Europeus e norte americanos tem seus parques como modelos e imaginam que os nossos seriam parecidos aos deles. O Parque Nacional de Iguaçu é com certeza similar aos dos paises mais evoluídos na cultura da conservação do meio ambiente, mas...e os demais?

Exemplo do Parque Nacional de Iguaçú não poderia ser seguido? Imaginem uma estrutura similar no Parque Nacional de São Joaquim? Fortaleza dos Aparados da Serra? ou o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro?

Porque não?


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