Desde o inicio deste blog estamos falando sobre a sutil movimentação da Industria Fostateiraa Catarinense para a obtenção do licenciamento ambiental para a exploração da jazida de fosfato no Rio dos Pinheiros em Anitapolis.
Amália Safatle escreve um texto na Terra magazine (http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI961253-EI6586,00.html) entitulado “Quem come a Amazônia”. Neste texto a Amália comenta que “o Greenpeace Internacional na Holanda acaba de divulgar os resultados de uma investigação sobre a expansão da indústria de soja no Brasil, intitulada Eating up the Amazon (Comendo a Amazônia). A organização não governamental acusa empresas norte-americanas, entre as quais a Cargill, de estimular e se beneficiar da invasão da soja na Amazônia por meio da construção de silos no coração da floresta, financiamento da abertura de estradas e compra de soja produzida em terras ilegais, provenientes do desmatamento e sem cumprimento de leis trabalhistas.”
Olhando imagens de satélite recentes de vários locais na Amazônia podemos ver grandes áreas ocupadas pela agricultura. E a planta mais comum nesta invasão amazônica é o soja.
“Quase metade da maior cobertura florestal do planeta, por exemplo, sumirá do mapa em menos de 50 anos - caso a taxa de devastação continue - liberando na atmosfera nada menos que 17 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, o principal gás causador do aquecimento global. Falamos da Amazônia, sobre a qual debruçaram os cientistas Britaldo Soares-Filho e Daniel Nepstad para dar origem a um estudo, publicado recentemente na revista inglesa Nature.”
Os estudos citados pela Amália indicam que o soja está contribuindo, junto ao corte seletivo de uma forma significativa para a diminuição da cobertura florestal na Amazônia.
Voltando ao nosso ponto de partida – a exploração da jazida de fosfato no Rio dos Pinheiros – podemos dizer que o soja, que vem a ser um dos principais consumidores do fosfato, estará contribuindo de uma forma muito negativa à atual cobertura da Floresta Atlântica na região do Corredor de Anitapolis.
Com o eventual licenciamento para a exploração da jazida de fosfato em Anitatapolis estaremos sendo coniventes com a destruição da Amazônia e de um dos mais importantes corredores ecológicos na Floresta Atlântica.
Nós como consumidores temos um poder incalculável em nossas mãos. Podemos decidir sobre o que iremos colocar em nossa mesa. Produtos que foram e serão responsáveis pela destruição da Amazônia e da Floresta Atlântica não são nem serão bemvindos aos nossos lares.
2 comments:
Não entendo nada de Licenciamento Ambiental, mas como uma empresa que tem a primeira licença, pode estar com a licença de operação correndo pelos corredores da FATMA?
Não é preciso ter a fábrica pronta para receber a licença de operação?
Thank you for sharing
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