É interessante como nossos líderes políticos são sempre otimistas com suas barragens. Consultores e engenheiros da Bunge foram sempre otimistas e buscavam exaltar a segurança de suas barragens. O mais perturbador é que a natureza sempre vem com sua sabedoria questionar esses lideres políticos e seus engenheiros. Alguns relatos estarrecedores apontam que as barragens apresentam sim riscos. Esses riscos são enormes em um país de grandes rios, ou sujeitos a chuvas muito fortes. Apesar do que o engenheiro da Bunge falou na Audiência Publica em Anitápolis de que os riscos são mínimos, as evidências apontam para outra direção. O pessoal da Bunge deveria ter relatado na audiência que é sim perigoso uma barragem e que temos muitos casos de rompimentos com milhares de vitimas.
A barragem de Apertadinho foi projetada com 46 metros de altura e formava um lago de 280 hectares de extensão. Com capacidade total para 114 milhões de litros de água, segundo informou o Corpo de Bombeiros, a região da Pequena Central Hidrelétrica fica a 500 km de Porto Velho.
A onda formada foi de 10 metros de altura que seguiu cortando vastas áreas da Floresta Amazônica.
ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE CAMARÁ:
Em junho de 2000, iniciou-se a construção da barragem de Camará no município de Alagoa Nova/PB., sendo inaugurada em março de 2002. Com capacidade para armazenar mais de 26 mil m3 de água, numa área de aproximadamente 160 ha, tendo por finalidade acumular água para abastecer os municípios vizinhos no período da seca. Todavia, falhas em sua construção, ocasionram em junho de 2004 o rompimento da ombreira esquerda que coomportava apenas 60% do seu total( Jornal da Paríba, 22/10/2004. " O escoamento de grande volume de água provocou a inundação do município de Alagoa Grande com perda de 5 vidas humanas , entre outras.
No início da construção de Camará foi feito um estudo geológico, onde o geólogo responsável pela obra, após ter constatado graves falhas geológicas no local onde a obra foi construída, foi afastado pelo governo anterior. Segundo ele, as condições geológicas eram bastante comprometedoras e exigiriam um tratamento demorado. Além da ombreira esquerda ser bastante íngreme, o geólogo verificou que existiam na rocha da superfície, quatro sistemas principais de fraturas que exigiriam injeções profundas para garantir a estabilidade da obra. No entanto, a execução da injeção de cimento foi incompleta, cuja ineficiência conduziu à ruptura da fundação ( Jornal da Paraíba, 22/10/2004).
O segundo agravante é que a obra não possuía EIA/RIMA no momento do início da construção.
Estamos vivendo cenas de horror com o caso do possivel rompimento da Barragem de Algodões no Piauí. O Governador Wellinton Dias continua afirmando que nada irá acontecer. As noticias sugerem o contrário. O sangramento da barragem ja foi noticiado e mais de 100 familias foram retiradas do local. As noticias mostram uma região em pânico e o caos impera. A barragem de camará na paraíba rompeu, afetando a vida de 130 mil pessoas.
O Projeto Anitápolis apresenta falhas graves como operar uma mineração em uma encosta de alto risco de deslizamento e erosão. Falha maior ainda ao projetar duas barragens nas cabeceiras do Rio Braço do Norte com milhares de pessoas rio abaixo. Caso aconteça uma catástrofe como estamos vendo nos relatos acima, como ficarão as pessoas rio abaixo?
Certamente algum governador e algum presidente aparecerá a bordo de um helicoptero olhando as cenas estarrecidos e com lágrimas nos olhos como aconteceu em Bluemenau em novembro de 2008.
Aparentemente o pessoal do Projeto Anitápolis estará em Santa Rosa de Lima em reunião com os prefeitos da região. Com certeza é apenas uma adesão deles ao nosso Projeto Descendo o Rio, desenvolvido para levar informação as comunidades da Bacia do Braço do Norte. Com certeza não será uma audiência publica. Espero que levem aos moradores dados como esses noticiados acima pelo nosso Brasil a fora com casos de desastres com barragens.
No comments:
Post a Comment