O Diário Catarinense noticiou no dia 12 de setembro ultimo a liberação de obras no entorno do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Esta determinação foram retiradas as restrições e mais de 15 mil moradores da região tem suas propriedades regularizadas. Isto tudo foi graças a um decreto que o governador Luiz Henrique assinou. Neste decreto, foram extintas as Áreas de Proteção Especiais – conhecidas como áreas de conservação integral do estado de Santa Catarina.
Parece que o Governador está mesmo de guerra contra as unidades de conservação no estado de Santa Catarina. Em seu histórico mais recente conta ainda sua luta contra a implantação do Parque Nacional das Araucárias. Tudo isso em período pré-eleitoral e em nome de maiores oportunidades de empregos, que nunca foram oferecidas antes, assim como estudadas alternativas que resultassem nestas sem afetar a unidade de conservação.
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é considerado pela SOS Mata Atlantica como o 3 maior remanescente representativo da formação Mata Atlantica no pais. Cinco dos seis ecossistemas naturais catarinenses estão representados nos limites do parque.
O interessante é que administradores ambientais da FATMA vem enfrentando em vez de dialogar com proprietários na região do Tabuleiro há muitos anos, gerando uma onda de conflitos que se avolumou tanto que o oportunismo eleitorial de Luiz Henrique se aproveitou da situação e com um simples decreto retrocedeu consideravelmente a conservação de nossas áreas naturais.
Tomando o caso pontual do Vale do Vargem do Braço, onde vivem algumas dezenas de famílias desde uns 100 anos atrás da agricultura, podemos ter uma idéia desta estratégia errada e abrupta empregada pelos administradores do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Estes agricultores utilizam cerca de 30-40 porcento do Vargem do Braço. As encostas e as cabeceiras deste vale fértil estão cobertas por florestas nos mais vaiados estágios de sucessão florestal, sendo que a maioria desta floresta é ombrofila densa em excelente estado de conservação. Espécies como o gavião real (Harpya haprpyja) e a rara Canela Preta (Ocotea catharinense) ainda são encontradas na area.
Caso a administração do parque tivesse redesenhado os limites do parque e deixando os colonos do Vargem do Braço em suas propriedades, muita desta tensão social teria se diluído e alternativas de negociação teriam surgido, mas que garantiriam o parque e sua conservação.
Com as decisões sob a base do enfrentamento, a tensão social foi aumentando e, aos poucos tornou-se um trunfo aos políticos oportunistas como o nosso atual governador Luiz Henrique.
Com o atual decreto, o futuro do Tabuleiro e muitas outras regiões de importância para a conservação estão condenadas. Com isso a agroindústria e grandes grupos internacionais, iguamente oportunistas surgem com a rapidez dos urubus.
Assim o Tabuleiro esta em perigo eminente ainda mais com sua conexão com a Serra Geral, através do corredor de Anitapolis esta sob a ameaça da fosfateira da Bunge que tráz em seu histórico grandes destruições florestais no cerrado e caatinga.
Parece que o Governador está mesmo de guerra contra as unidades de conservação no estado de Santa Catarina. Em seu histórico mais recente conta ainda sua luta contra a implantação do Parque Nacional das Araucárias. Tudo isso em período pré-eleitoral e em nome de maiores oportunidades de empregos, que nunca foram oferecidas antes, assim como estudadas alternativas que resultassem nestas sem afetar a unidade de conservação.
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é considerado pela SOS Mata Atlantica como o 3 maior remanescente representativo da formação Mata Atlantica no pais. Cinco dos seis ecossistemas naturais catarinenses estão representados nos limites do parque.
O interessante é que administradores ambientais da FATMA vem enfrentando em vez de dialogar com proprietários na região do Tabuleiro há muitos anos, gerando uma onda de conflitos que se avolumou tanto que o oportunismo eleitorial de Luiz Henrique se aproveitou da situação e com um simples decreto retrocedeu consideravelmente a conservação de nossas áreas naturais.
Tomando o caso pontual do Vale do Vargem do Braço, onde vivem algumas dezenas de famílias desde uns 100 anos atrás da agricultura, podemos ter uma idéia desta estratégia errada e abrupta empregada pelos administradores do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Estes agricultores utilizam cerca de 30-40 porcento do Vargem do Braço. As encostas e as cabeceiras deste vale fértil estão cobertas por florestas nos mais vaiados estágios de sucessão florestal, sendo que a maioria desta floresta é ombrofila densa em excelente estado de conservação. Espécies como o gavião real (Harpya haprpyja) e a rara Canela Preta (Ocotea catharinense) ainda são encontradas na area.
Caso a administração do parque tivesse redesenhado os limites do parque e deixando os colonos do Vargem do Braço em suas propriedades, muita desta tensão social teria se diluído e alternativas de negociação teriam surgido, mas que garantiriam o parque e sua conservação.
Com as decisões sob a base do enfrentamento, a tensão social foi aumentando e, aos poucos tornou-se um trunfo aos políticos oportunistas como o nosso atual governador Luiz Henrique.
Com o atual decreto, o futuro do Tabuleiro e muitas outras regiões de importância para a conservação estão condenadas. Com isso a agroindústria e grandes grupos internacionais, iguamente oportunistas surgem com a rapidez dos urubus.
Assim o Tabuleiro esta em perigo eminente ainda mais com sua conexão com a Serra Geral, através do corredor de Anitapolis esta sob a ameaça da fosfateira da Bunge que tráz em seu histórico grandes destruições florestais no cerrado e caatinga.
3 comments:
Que bom encontrar teu blog, parabéns pela bela e vital iniciativa....Também procuro fazer a minha parte apesar da síndrome de beija-flor....Estou desesperadamente procurando na net o nome do Secretário atual de Segurança Pública de Santa Catarina para colocar na campanha que quero iniciar em meu humilde flog. Se vc puder me ajudar, eu antecipadamente agradeço,
Por um mundo de pessoas que o mereçam,
Bjs na alma,
Solange Zomer (Soso)
www.soso.omeu.com.br
"O Diário Catarinense noticiou no dia 12 de setembro ultimo a liberação de obras no entorno do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Esta determinação foram retiradas as restrições e mais de 15 mil moradores da região tem suas propriedades regularizadas..."
Uê... quer dizer que aqui o senhor é contra o direito que possam ter esse proprietários e no PN Campo dos Padres o senhor defende que tem que ser respeitados os proprietários. Eu que estou ficando louco?... ou o senhor está se contradizendo? Poderia nos explicar?
Uê... quer dizer que aqui o senhor é contra o direito que possam ter esse proprietários e no PN Campo dos Padres o senhor defende que tem que ser respeitados os proprietários. Eu que estou ficando louco?... ou o senhor está se contradizendo? Poderia nos explicar?
Prezado:
Em primeiro lugar o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é uma realidade que completou 30 anos no ano passado. Com certeza é um caso clássico de como não iniciar uma unidade de conservação. Até hoje seus proprietários não foram indenizados na mesma forma que acontece no Parque Nacional de São Joaquim.
Em segundo lugar o Parque Nacional do Campo dos Padres não passa de uma proposta e como tal deve ser criticada e aprimorada para que esta nova UC seja constituida sem os tropeços dos acima mencionados.
Entendido?
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