Enquanto a Seleção Brasileira estava na Alemanha e nossa atenção toda sobre ela, executivos de dois grandes grupos da industria dos ferlilizantes e do soja se movimentavam como o verdadeiro Ronaldinho Gaúcho no Barcelona. A Bunge e o Yara (Grupo Norueguês produtor de fertilizantes) estão buscando o licenciamento ambiental para a exploração da Jazida de fosfato em Anitapolis.
Os noticiários em Santa Catarina alardeiam os benefícios do emprrendimento da BUNGE e YARA. Entre os benefícios estariam maior oferta de empregos para os moradores de Anitapolis, o que é visto pelos residentes da cidade como o tão esperado progresso que há anos eles aguardam.
Anitapolis é hoje uma cidade aparentemente isolada entre a Serra da Garganta e a Serra Geral. Não é uma cidade grande, pelo contrário, é uma cidade que encolheu nos últimos anos devido a um forte êxodo rural. Razão para este êxodo? Cerca de 25-30 anos atrás o Grupo Adubos Trevo do Rio Grande do Sul comprou o Vale do Rio do Pinheiro, onde viviam muitas famílias que trabalhavam na agricultura. O por que do interesse do grupo Adubos Trevo no Vale do Rio do Pinheiro? O que para os agricultores parecia ser um solo estranhamente fértil, que levava pessoas de locais próximos ir ate la buscar terra para suas chácaras e sítios devido “à terra boa”, era na realidade uma situação especial. O Vale do Pinheiro estava sobre uma jazida de fosfato – elemento de grande valia na industria dos fertilizantes.
Após a compra do Vale do Rio do Pinheiro pelo grupo gaúcho, os anos passaram e o vale continuo vazio, servindo apenas para algumas pessoas que levavam seu gado para pastar. O que aconteceu com os moradores deste vale? Bem, segundo muitos relatos de moradores de Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça, estes antigos proprietários rurais do Vale do Pinheiro foram morar nas favelas da região. Em resumo, trocaram suas férteis propriedades em Anitapolis por barracos em cidades maiores na região.
Isto já deveria servir de alerta para os moradores de Anitapolis que aguardam ansiosamente pelo novo empreendimento no mesmo vale. Por que este alerta?
Bem, os estados americanos da Florida e Idaho tem uma historia bem interessante a alarmante para nos contar sobre a mineração do fosfato. Horse Creek esta na Florida e foi uma vez um córrego de grande beleza, assim como o foi Deer Creek no Idaho. Em ambos os locais minas de fosfato foram exploradas. Saibam mais.
Segundo os moradores da Florida e de Idaho, os milhões de dólares investidos nas minas não pagam os danos a saúde publica, ao meio ambiente e a economia.
O dilema de Anitapolis está justamente em poder decidir sobre seu futuro. Continuar no passo lento em que se encontra, ou entrar na via rápida da mineração do fosfato. Na primeira alternativa, o povo de Anitapolis pode implementar e dar um ritmo mais adequado a velocidade de sua economia, mas com saúde e sustentabilidade. Na segunda alternativa, eles irão ser figurantes de um grande plano econômico de dois grupos internacionais que não medem esforços para atingirem suas metas. O mundo sabe que o soja e um recurso de grande importância a alimentação tanto de pessoas, como de animais. Sabemos que o soja está substituindo a floresta Amazônica neste momento.
Por substituir, quero dizer, a floresta esta sendo destruída para que o soja seja plantado. Enquanto os agricultores no sul do Brasil padecem com as dividas bancarias pelos empréstimos para manter sua agricultura castigada pelos problemas no solo e pela seca, outros agricultores deixam para trás suas antigas propriedades – agora pouco férteis – para um novo horizonte – a Amazônia. Todos sabem que o solo amazônico não se presta para a agricultura industrial.
Como os grandes grupos internacionais como a BUNGE e o YARA são oportunistas, enquanto tiverem a perspectiva de um lucro a vista eles estão investindo. Após exaurirem os recursos explorados, eles saltarão para outro local e nova oportunidade de ganho relativamente rápido.
Comprovando isto, temos uma recente noticia da Reuters “During the past few quarters, an unfavorable tax and currency situation in Brazil has prompted Bunge to close five Brazilian soybean processing plants and shift crushing operations to Argentina.” Traduzindo, a Reuters relata o comportamento da BUNGE frente aos protestos dos agricultores brasileiros frente ao Dólar desvalorizado e aos menores ganhos com a exportação, fazendo com que a companhia fechasse 5 industrias de processamento do soja no Brasil transferindo estas atividades para a Argentina. Uma vez mais comprovando o comportamento oportunistico destas industrias internacionais. Nestes momentos elas deveriam lembrar do compromisso firmado no inicio das negociações com as autoridades e a cidade. Os moradores da região que esperariam outra postura.
Por estas razões, vale um alerta ao povo de Anitapolis.
Já a população residente, o estado e o pais onde estava o empreendimento arcam com as despesas do concerto dos problemas deixados para trás. Como disseram os residentes da Florida e do Idaho, os bilhões de dólares investidos nos empreendimentos não cobrem os danos causados à população e ao ambiente.
Discordo novamente de meu grande amigo de infância que hoje e um engenheiro de minas que disse: “Ora, o que a gente desmata, plantamos em dobro”. O caso é que na formação destes engenheiros não foi passado o significado de uma floresta nativa, sua historia e o tempo que levou para atingir o que hoje vemos la no Vale do Rio do Pinheiro.
Os noticiários em Santa Catarina alardeiam os benefícios do emprrendimento da BUNGE e YARA. Entre os benefícios estariam maior oferta de empregos para os moradores de Anitapolis, o que é visto pelos residentes da cidade como o tão esperado progresso que há anos eles aguardam.
Anitapolis é hoje uma cidade aparentemente isolada entre a Serra da Garganta e a Serra Geral. Não é uma cidade grande, pelo contrário, é uma cidade que encolheu nos últimos anos devido a um forte êxodo rural. Razão para este êxodo? Cerca de 25-30 anos atrás o Grupo Adubos Trevo do Rio Grande do Sul comprou o Vale do Rio do Pinheiro, onde viviam muitas famílias que trabalhavam na agricultura. O por que do interesse do grupo Adubos Trevo no Vale do Rio do Pinheiro? O que para os agricultores parecia ser um solo estranhamente fértil, que levava pessoas de locais próximos ir ate la buscar terra para suas chácaras e sítios devido “à terra boa”, era na realidade uma situação especial. O Vale do Pinheiro estava sobre uma jazida de fosfato – elemento de grande valia na industria dos fertilizantes.
A PAISAGEM DO VALE DO PINHEIRO E SUA LUXURIANTE FLORESTA PODE MUDAR DRÁSTICAMENTE - VOCÊS CONCORDAM?
Após a compra do Vale do Rio do Pinheiro pelo grupo gaúcho, os anos passaram e o vale continuo vazio, servindo apenas para algumas pessoas que levavam seu gado para pastar. O que aconteceu com os moradores deste vale? Bem, segundo muitos relatos de moradores de Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça, estes antigos proprietários rurais do Vale do Pinheiro foram morar nas favelas da região. Em resumo, trocaram suas férteis propriedades em Anitapolis por barracos em cidades maiores na região.
Isto já deveria servir de alerta para os moradores de Anitapolis que aguardam ansiosamente pelo novo empreendimento no mesmo vale. Por que este alerta?
Bem, os estados americanos da Florida e Idaho tem uma historia bem interessante a alarmante para nos contar sobre a mineração do fosfato. Horse Creek esta na Florida e foi uma vez um córrego de grande beleza, assim como o foi Deer Creek no Idaho. Em ambos os locais minas de fosfato foram exploradas. Saibam mais.
Segundo os moradores da Florida e de Idaho, os milhões de dólares investidos nas minas não pagam os danos a saúde publica, ao meio ambiente e a economia.
O dilema de Anitapolis está justamente em poder decidir sobre seu futuro. Continuar no passo lento em que se encontra, ou entrar na via rápida da mineração do fosfato. Na primeira alternativa, o povo de Anitapolis pode implementar e dar um ritmo mais adequado a velocidade de sua economia, mas com saúde e sustentabilidade. Na segunda alternativa, eles irão ser figurantes de um grande plano econômico de dois grupos internacionais que não medem esforços para atingirem suas metas. O mundo sabe que o soja e um recurso de grande importância a alimentação tanto de pessoas, como de animais. Sabemos que o soja está substituindo a floresta Amazônica neste momento.
Por substituir, quero dizer, a floresta esta sendo destruída para que o soja seja plantado. Enquanto os agricultores no sul do Brasil padecem com as dividas bancarias pelos empréstimos para manter sua agricultura castigada pelos problemas no solo e pela seca, outros agricultores deixam para trás suas antigas propriedades – agora pouco férteis – para um novo horizonte – a Amazônia. Todos sabem que o solo amazônico não se presta para a agricultura industrial.
Como os grandes grupos internacionais como a BUNGE e o YARA são oportunistas, enquanto tiverem a perspectiva de um lucro a vista eles estão investindo. Após exaurirem os recursos explorados, eles saltarão para outro local e nova oportunidade de ganho relativamente rápido.
Comprovando isto, temos uma recente noticia da Reuters “During the past few quarters, an unfavorable tax and currency situation in Brazil has prompted Bunge to close five Brazilian soybean processing plants and shift crushing operations to Argentina.” Traduzindo, a Reuters relata o comportamento da BUNGE frente aos protestos dos agricultores brasileiros frente ao Dólar desvalorizado e aos menores ganhos com a exportação, fazendo com que a companhia fechasse 5 industrias de processamento do soja no Brasil transferindo estas atividades para a Argentina. Uma vez mais comprovando o comportamento oportunistico destas industrias internacionais. Nestes momentos elas deveriam lembrar do compromisso firmado no inicio das negociações com as autoridades e a cidade. Os moradores da região que esperariam outra postura.
Por estas razões, vale um alerta ao povo de Anitapolis.
Já a população residente, o estado e o pais onde estava o empreendimento arcam com as despesas do concerto dos problemas deixados para trás. Como disseram os residentes da Florida e do Idaho, os bilhões de dólares investidos nos empreendimentos não cobrem os danos causados à população e ao ambiente.
Discordo novamente de meu grande amigo de infância que hoje e um engenheiro de minas que disse: “Ora, o que a gente desmata, plantamos em dobro”. O caso é que na formação destes engenheiros não foi passado o significado de uma floresta nativa, sua historia e o tempo que levou para atingir o que hoje vemos la no Vale do Rio do Pinheiro.
5 comments:
olá, moro em anitápolis!
achei super interessante isso!!
vlww
vou mostrar para todos od meus amigos!
Oi,nasci e a minha familia ainda
mora no Rio dos Pinheiros, as
pessoas de lá não tem informação
sobre os danos que a fosfateira
irá causar, só falam dos beneficios,ninguém foi lá dizer
a eles como vai funcionar, a poucos
dias é que fiquei sabendo que vão
construir uma barragem.Como se faz
para impedir??
Como lidar com o Poder??
Leodete, dá trabalho! É preciso participar das reuniões, ter voz ativa, ficar atenta às notícias dos jornais, e, se for preciso, até ir à justiça... Tente envolver teus vizinhos. Mostre para eles que os benefícios irão 90% para a multi nacional e apenas 10% para o pessoal daí. E os malefícios, 100% ficarão com o pessoal daí. Qual a vantagem???
Oque eu realmente não acho legal é o pessoal que não mora na cidade ficar fazendo campanha contra a empresa, todos sabem que existem pros e contras tudo que realizamos é assim, se realmente o beneficio for de 90% da empresa e 10% do municipio esses 10% por cento realmente pode alterar a história desse municio acabando até quem sabe com o exodo rural assim garantindo um futuro para os residentes, como ja disse existem pros e contras, mas sera que realmente isso afetara tanto como estão alarmando? uma empresa apenas com um porte sem duvida gigante, uma multinacional não ira investir seus milhoes para brincadeira, não jogara fora dinheiro para que os beneficios não sejam reais, até por que se algo começar a afetar a saude local acredito que autoridades de maior porte poderam tomar partido e embargar o funcionamento da fabrica, bom pensem nisso.
Ingenuo Jose ribeiro, voce é um cara que deve ter a cabeça no pescoço..voce tambem deve acreditar em papai noel vermelho sendo empregado pela bunge para vender material de construçao para as suas casas..procure um bem vermelho aqui de anitapolis que voce vai saber quem é. voce naõ deve ter visto nada do projeto e nem pensado com sua cabeça para ver que nossa produçao para o ceasa vai ficar esperando centenas de carretas embostando na estrada...voce deve ser um cara que votou no governador luiz XV ou meus 20% e tá acreditando que ele vai embargar a obra???Hahahah. porque voce nao vai morar debaixo da represa de 80 m, tu e tua familia..Te liga na tomada! A pascoa tá chegando, procura um ovo debaixo do coelho do vizinho...Pede benção para os papas da bunge e reza!!!
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